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Rose Maria de Souza: mais de 300 cães salvos

27/08/2012

27/08/2012 16h39

Professora Rose durante uma das apresentações do Núcleo de Formação Cidadã. Foto: Mônica Rodrigues

Rolha, Leandro, Toco, Tico, Teco, Pit, Guti, Neguinha, Pen, Drive, Cristina, Semp, Dolívio, Leopoldo, Johnny, Lilico, Nica, Branquinha, Charles, Cock e Nega Vitória. Poderia ser uma chamada de aula, mas estes não são exatamente alunos de Rose Maria de Souza, 49, professora de Educação Física e do Núcleo de Formação Cidadã; são seus cães.

Professora há 12 anos, Rose, foi criada desde criança com bichos e já tinha o costume de pegar gatos abandonados na rua. Quando começou a ter o próprio dinheiro começou a criar cães. Ela costuma pegar animais debilitados e, quando eles se recuperam, acha um lugar para eles, por meio de feiras de adoção, por exemplo. Há dois anos comprou uma casa para os cães, com direito a rampa para os que têm três patas.

“Depois que salva dá para adotar. Comigo ficaram os que não são considerados belos, os que nunca vão sarar, mas tem toda a dignidade”. Rose conta que não fica buscando os cachorros. “Eles me pegam. Eles vão morrer na frente do meu carro, ou na porta de casa. Acho que um conta para o outro. Eu não posso pegar todos, porque tenho o bom-senso de cuidar bem. Já encaminhei 300 bichos para lares.”

A professora gasta R$ 3 mil por mês com ração - mais de 180 quilos por mês -, veterinário etc. e tem uma funcionária que fica o dia inteiro com os animais. Meus bichos não ficam presos e gostam de pessoas. As pessoas vão visitar, quem vai lá tem que gostar. Ela até pensa em abrir um espaço para que as pessoas possam conviver com eles, fazer um “Day dog” para os amigos.

Se na Metodista Rose ensina, quando visita seus cães, a cada dois dias, ela aprende. “O que aprendi foi que tem uma solidariedade. O Guri estava atropelado e a Neguinha estava boa, mas ficou no meio-fio junto com ele. Quando fui abordar, ela queria me morder para protegê-lo. Os Metralhas [como ela chama os dois irmãos] me ensinam um pouco de solidariedade e amor fraternal.”

A professora diz que os cachorros são, ao mesmo tempo, frágeis, mas muito fortes. “Depois de meia hora os animais que foram maltratados voltam a confiar no humano, eles têm fé.”

O fato de que existam tanto pessoas que maltratam os animais como as que cuidam, reforça a crença de Rose no ser humano e na sua própria missão de educadora. “O educador tem que acreditar sem ver, e aí você investe nisso. Esse relacionamento com os cachorros mostra que se tem um ser humano que é ruim, o outro é bom, ajuda, faz acreditar no humano”, conclui.

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