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"Parar jamais. Avançar sempre"

27/08/2012

28/08/2012 10h59

Uma tarde na Universidade: palestra, troca de experiências e aprendizado de LIBRAS. Foto: Lara Molinari

Essa é a fala de um dos participantes das atividades promovidas para a terceira idade na Metodista. Por isso, não estranhe se em sua turma tiver alguns alunos bem mais velhos do que você.

 

A ideia inicial para esta matéria era acompanhar um dos eventos do Programa Aquarela – iniciativa da Metodista para a terceira idade – e falar sobre o papel do idoso em nossa sociedade.

A primeira parte foi cumprida. A equipe do Jornal da Metodista participou do Uma Tarde na Universidade, encontro que deu início às atividades do semestre no final de julho. Já a segunda parte, tomou um novo rumo.

Desde o início, para qualquer parte que se olhava no auditório Sigma do Campus Rudge Ramos, que estava cheio, era nítida a satisfação daquelas pessoas por se reencontrarem após o período de férias.

Durante a programação, quem participou das oficinas no semestre anterior teve a oportunidade de falar sobre a experiência e incentivar os colegas a se envolverem também.

“Um curso VIP”. Foi assim que Ramona Fernandez definiu as aulas de informática, dadas por funcionários da área de Tecnologia da Metodista. Ela disse ainda que “é muito bom saber que podemos aprender algo diferente. Parar jamais. Temos que avançar sempre”.

Para Maria Aparecida Naldi, o grupo vocal foi um incentivo para que ela fosse além e comemorou: “para mim, foi plantada uma semente. Por ter começado a cantar, hoje estou aprendendo a tocar violão”.

Naquela tarde, o grupo também acompanhou uma palestra sobre envelhecer com qualidade, viu o resultado da participação de colegas da oficina de teatro num trabalho de alunos do curso de Publicidade e Propaganda e aprenderam alguns sinais de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) a partir da interpretação da música “Alguém me disse”, da cantora Maysa.

 

Deixando os problemas para trás

Intervalo. Hora de aproveitar a pausa para fazer as entrevistas e ouvir um pouco do que essas pessoas animadas tinham para dizer.

“É muita indiscrição perguntar a sua idade?”. Um sorriso se abriu e os olhos se iluminaram quando veio a resposta: “claro que não! Cinquenta e cinco”, respondeu Gilnete de Oliveira Jorge, a Gil, uma das protagonistas do vídeo feito pelos alunos de Publicidade. E bastou só mais uma pergunta para que ela contasse como o teatro mudou sua vida.

Um assalto que fez com que Gil entrasse em depressão. Ela conta que o teatro serviu como complemento para a terapia para que ela voltasse a sentir emoções. “Nem sei explicar como me senti quando percebi no teatro que estava chorando de novo”, disse com os olhos marejados.

Para Maria Clemente, 65, cabeleireira aposentada, foi o Programa Aquarela que a fizeram se curar de uma depressão. “Hoje me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Fiz amizades, participei das oficinas e quero continuar participando até quando der”. E finaliza: “tenho até vontade de trabalhar fora de novo. Fico mal se eu ficar em casa”.

 

Aprendendo sempre

Após se aposentar, Douglas Guido, 72, decidiu não ficar parado. Ele conta que já participou de várias atividades de voluntariado e que hoje uma das maneiras de se ocupar é com o Programa Aquarela, que conheceu pela internet. “No semestre passado, eu só ficava em casa às quartas-feiras. Nos outros dias, estava aqui”, orgulha-se.

Durante a conversa, Guido ressalta que “não podemos ficar parado. É tanto conhecimento que a gente adquire na vida que não pode jogar pela janela. E, estando aqui, podemos evoluir e conhecer novas pessoas”.

 

Terceira idade na Universidade

A coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura, Cláudia César, explicou que a ideia de dar o nome Aquarela ao Programa “é fazer uma referência à variedade de cores, representando a diversidade e a possibilidade de convivência entre as diferentes gerações”.

Neste sentido, uma das novidades é que a partir de agosto, aqueles que fazem parte do Programa poderão cursar as disciplinas eletivas dadas pelo Núcleo de Formação Cidadã aos alunos da Universidade.

As atividades são gratuitas e é necessário se inscrever nas oficinas. A programação completa está disponível no endereço www.metodista.br/terceiraidade.

 

Gabriela Rodrigues

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