Dia Internacional da Mulher
08/03/2010 15h49
O Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8 de Março, em memória das 130 mulheres que, em 1857, foram trancadas e queimadas no interior da fábrica têxtil em que trabalhavam em Nova York. Era a brutal represália por mobilizarem-se para reivindicar a redução da carga de trabalho diária de 16 para 10 horas. Morreram por uma conquista básica que, depois, viria a ser considerada insuficiente pelos trabalhadores e trabalhadoras do mundo. A coragem e sacrifício foram reconhecidos apenas em 1910, como dia a ser lembrado, numa conferência internacional de mulheres na Dinamarca. E apenas em 1975, quase 120 anos depois da violência mortal, é que a Assembléia Geral da ONU declarou 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Além de ser importante trazer à memória as mulheres que tombaram em prol dos direitos de todas, é necessário reconhecer os homens que têm sido parceiros nessa luta. É também urgente lembrar a necessidade de trazer ao debate as condições que ainda hoje afetam as mulheres, levando às mais diversas formas de luta em defesa dos direitos das mulheres como direitos humanos.
Aqui então o Núcleo de Educação em Direitos Humanos da FAHUD/METODISTA - NEDH saúda todas as organizações de mulheres que têm trabalhado historicamente em nosso País pela democracia. São grupos, associações, organizações, institutos, pesquisadoras nas universidades e ativistas independentes que têm construído um conhecimento compartilhado na luta pelos direitos.
De forma desafiadora e importante para a história do Brasil, o movimento de mulheres tem se construído com a participação de mulheres dos mais variados extratos da sociedade, de diferentes condições sociais, que se unem na busca de uma sociedade igualitária, justa e solidária. Por isso o movimento de mulheres no Brasil traz a articulação com a luta anti-racista, assim como vem incorporando, mais recentemente, a temática indígena e, com relação às mulheres com deficiência, aponta uma pauta extensa a ser atendida, divulgada e compreendida pela sociedade.
Vale lembrar que o movimento feminista e o movimento de mulheres têm integrado a luta internacional pelos direitos das mulheres, sendo marcante a presença brasileira nas Conferências Mundiais do Cairo, em 1994, e em Pequim, em 1995, além das reuniões sistemáticas de acompanhamento dos compromissos então assumidos, assim como nas diversas iniciativas relativas à Convenção pela Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - CEDAW.
A luta das mulheres tem trazido uma contribuição de alta relevância para a sociedade e para o Estado brasileiro, pois todas as conquistas têm sido na direção de mudar legislação, práticas e mentalidades, tarefas em que a Universidade, tem relevância única, tanto no ensino, quanto na pesquisa e extensão.
Por tudo isso, o NEDH saúde e presta homenagem, aqui, a todas as mulheres e, em especial, todas as mulheres que, na Universidade Metodista de São Paulo, desempenham, com sua presença relevante e indispensável, os mais diversos papéis na construção da vida cotidiana desta instituição.