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Cobrir a violência representa desafio para o repórter

24/03/2009

24/03/2009 21h55 - última modificação 25/03/2009 14h18

Valmir Salaro e Doug Saunders (Crédito: Jô Rabelo)

O último painel do Mídia e Violência, aberto pelo diretor da Faculdade de Comunicação da Metodista, professor Paulo Rogério Tarsitanto,  enfocou os desafios da cobertura neste tema.

Participaram do debate, Doug Saunders, do Globe an Mail; Ana Arana, freelancer de vários jornais, entre eles do Newsweek, Jonathan Mann, âncora da CNN,  Bruno Paes Manso, do Jornal O Estado de São Paulo e Valmir Salaro, da TV Globo. A mediadora do debate foi jornalista e professora da Faculdade de Comunicação, Verônica Cortês. “Precisamos contextualizar os crimes e considerar todas as variáveis”, revelou Bruno Paes Manso. Segundo o jornalista,  é essencial compreender a violência como um processo histórico com causas e efeitos.

O repórter canadense Doug Saunders ressaltou a importância não absorver a cobertura como uma rotina e buscar diferentes perspectivas e meios de cobertura. “ No Afeganistão percebíamos que os líderes falavam não condizia à realidade então vivenciamos a experiência de treinar e enviar vinte pessoas da  comunidade para entrevistar os grupos em busca da informação”.

Para Valmir Salaro, com 30 anos na cobertura do crime, as histórias não mudam, só mudam os nomes e endereços. “Vejo o crime organizado como uma das maiores ameaças ao nosso País, infelizmente não vemos políticas públicas e segurança para mudar esta realidade. Na cobertura deste tema ainda sou um aprendiz, sou apenas uma pessoa que tem o privilégio de contar uma história”, finalizou.
 
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