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Jornalismo Participativo é discutido em IV Encontro

25/09/2008

25/09/2008 10h13 - última modificação 25/09/2008 10h15

O IV Encontro de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo terminou nesta quarta-feira (24). O último painel do evento tratou do jornalismo participativo e teve a presença de Margot Pavan, gerente de mídia digital da Abril; Ana Lúcia Araújo, editora de conteúdo e homepages do site Limão, e Ricardo Fotios, gerente geral do UOL.

De acordo com Margot Pavan, o começo da internet foi cheio de erros, acertos e descobertas. E o que dificultava muito, segundo ela, era a falta de ferramentas tecnológicas para o que eles gostariam de publicar.

Uma das ferramentas que iniciaram o jornalismo participativo foram as salas de bate-papo. Margot conta que nestes lugares as pessoas se identificavam e se sentiam parte daquilo. “Para o jornalismo, o bate-papo com convidados foi um início de informação vinculada ao público”, informou Fotios.

A internet trouxe também aos jornalistas uma resposta ao que ele faz. Segundo Fotios, um erro de português que antes era corrigido por apenas uma carta, hoje é corrigido por milhares de internautas no momento em que foi escrito.

De acordo com Ana Lúcia, a interação com o público não era bem vista pelos jornalistas. “Já não bastava não termos muita audiência, softwares que correspondessem as nossas necessidades, ainda tínhamos que convencer os jornalistas a escrever para o online”, explicou Ana Lúcia.

“Com o 11 de setembro, os jornalistas da Folha começaram a ver a importância do site”, afirmou Ana Lúcia. Segundo a jornalista, o mural criado para encontrar sobreviventes e familiares da tragédia se tornou um lugar para a busca de fontes para suas matérias.

Ana Lúcia ainda explicou o surgimento do Limão, o qual foi uma tentativa do Estadão em abrir mais espaço para participação popular e com relevância no que é publicado. “O Limão foi uma maneira mais responsável de se abrir um site ao público. Para entrar a pessoa tem que colocar o CPF, o que assusta quem quer ir atrapalhar a vida alheia”, contou Ana Lúcia.

De acordo com os palestrantes, é importante que a internet seja cada vez mais aberta ao público, e os projetos para que se tenha internet wireless em toda cidade serão positivos  para o público e principalmente para os jornalistas que terão mais público, e cada vez mais diversificado, para seu trabalho.

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