Professores da Metodista participam do Campus Party
14/02/2008 14h01
Entre os dias 11 e 17 de fevereiro, o prédio da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, estará abrigando um dos maiores acontecimentos do ano para os geeks (aficionados por tecnologia) brasileiros, o Campus Party. Com atrações como a conexão de 5 gigabytes por segundo (duas mil vezes mais rápida do que uma conexão domiciliar comum) e um acampamento no local, o megaevento vem sendo comparado pela mídia como uma espécie “Woodstock Tecnológico” – apelido inspirado no festival de música que aconteceu em 1969 e que reuniu cerca de meio milhão de pessoas na cidade de Bethel, em Nova York.
Para o coordenador do curso de Mídias Digitais da Universidade Metodista de São Paulo, Eduardo Sales, que compareceu ao festival no dia 12, a feira mostra o crescimento do país.
“Foi uma confirmação do avanço dos brasileiros na área de tecnologia. O Campus Party é a concretização de uma idéia em que toda potencialidade das novas tecnologias foi posta na realidade, principalmente pelos jovens. É bom para os alunos verem como podem formar novos projetos de comunicação. A Universidade tem que fazer parte desta discussão, estar sensível à questão.”
Já para o professor Sammyr Freitas, a confraternização é muito importante para quem pretende seguir em uma carreira relacionada ao assunto. “Com certeza no Brasil não há nada parecido. O Campus Party tem potencial para criar novas tendências, porque o público atua na área estudando ou trabalhando, tem facilidade de contatos, sabe do que está falando. É perfeitamente possível sair de lá coisas inovadoras e interessantes.”
“Para os alunos esse é um tipo de evento que eu considero quase obrigatório. Os estudantes têm que correr atrás. Existe um mercado ávido por novidades, aberto a novos conceitos e em constante mutação. Quem não correr atrás está arriscado a não ser tão competitivo”, completa Sammyr.
Campus Party
Criado em 1997, o Campus Party está em sua 10ª edição e acontece pela primeira vez fora da Espanha, local onde foi criado. O festival pretende reunir cerca de três mil pessoas, profissionais e amantes da informática, para compartilhar conhecimentos e realizar ações ligadas a computadores, comunicações e inovações tecnológicas. As atividades abrangem 10 áreas temáticas: Astronomia, Robótica, Criação, Desenvolvimento, Software Livre, Games, Simulação, Modding (modelagem de computadores), Música e Blogs.
Entre os principais destaques do Campus Party. Tradicionalmente desengonçados no imaginário popular, o festival mostrou que eles podem ser mais graciosos. Andar, dançar, fazer acrobacias e até jogar futebol foram algumas das habilidades demonstradas pelas máquinas no evento. Algumas podem, ainda, interagir com os humanos, como o Aibo, que tem formato de cachorro e funciona como um bicho de estimação, e o Quasi, cuja inteligência artificial é programada para fazer amigos.
Atividade ainda desconhecida para muitas pessoas, o Modding – conhecido também como Casemodding – vem sendo uma das principais atrações da feira. Nessa área, comparando com outra tendência que tem ganhado força nos últimos anos no meio automotivo, os participantes personalizam (“tunning”) os gabinetes de seus computadores. No Ibirapuera, podem ser vistos gabinetes com formatos de caveira ou com o tema “Star Wars”, por exemplo.
O site oficial do evento é http://www.campus-party.com.br/.
Serviço
Campus Party
Quando: Entre 11 e 17 de fevereiro (até o próximo domingo)
Onde: Bienal do Ibirapuera (Avenida Pedro Alvarez Cabral, s/n, Parque do Ibirapuera, São Paulo – SP)
Visitas: gratuitas, todos os dias, entre 10h e 21h
Site: http://www.campus-party.com.br/