Profissionais bem-sucedidos em Comunicação se reuniram na Metodista em comemoração aos 35 anos
01/11/2007 15h41 - última modificação 01/11/2007 15h41
Nesta terça-feira (30/10), a Universidade Metodista de São Paulo organizou uma palestra no Salão Nobre para celebrar os 35 anos dos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda.
Mediado pelo professor Jorge Tarquin, professor da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas (FAJORP), o encontro reuniu três profissionais em Comunicação que atuam em empresas de tradição no mercado. Eles discutiram sobre o cenário que as carreiras dos estudantes dos três cursos aniversariantes encontram atualmente. Os convidados foram Laurentino Gomes, Harumi Ishihara e Bryan Crotty.Cada palestrante teve vinte minutos de apresentação e, depois de todos se apresentarem, responderam a perguntas dos alunos.
Na abertura do evento, o vice-reitor Clovis Pinto de Castro, ressaltou a importância do passado para quem faz o curso hoje. “É fundamental demonstrar que há memória e pensar que muitas pessoas passaram aqui antes da gente e passarão depois. Temos ver a tradição para construir o presente e o futuro”, afirmou o vice-reitor, que ainda lembrou de Reinhard Brose, o homem que incentivou e trouxe recursos financeiros para os cursos de comunicação da Metodista.
"O jornalista nunca foi tão essencial”
Laurentino Gomes, superintendente da Editora Abril – fundada em 1950 e que publica algumas das revistas mais famosas do Brasil, como a Veja, a Quatro Rodas e a Superinteressante – e que está lançando o livro 1808, foi o primeira palestrante a se apresentar e falou sobre os alunos da Metodista e sobre os rumos do Jornalismo.
“Eu vejo a qualidade dos profissionais da Metodista pelos cursos da Abril. Todo ano tem uma fornada nova entre os melhores, em igualdade com a USP, PUC ou Cásper Líbero. O histórico de ensino focado no mercado de trabalho, a bagagem teórica e os melhores professores construíram o respeito pela Metodista”, afirmou Laurentino.
“Hoje, todo mundo que se senta em frente de um computador, se sente capaz de produzir conteúdo e isso parece ter tirado um pouco da função do jornalista, já que ele perdeu o monopólio da ‘criação’ da informação nesse processo. Mas foi o contrário: com o oceano de informações, o jornalista se transformou em uma referência do que é relevante ou não, confiável ou não”, defendeu durante sua apresentação Laurentino.
“Temos que ser ‘comunicólogos’”
Harumi Ishihara é diretora de Comunicação da Alcatel-Lucent, empresa especializada em redes fixas, satélites, redes móveis e outros e que oferece serviços de integração, operação e manutenção para operadoras de telecomunicações e empresas de petróleo, gás, energia e transporte.
Sobre a Metodista, Harumi afirma que a Metodista a tem ajudado muito profissionalmente. “Eu posso falar da experiência sobre a competência da Metodista, isso porque me forneceu cinco excelentes profissionais para a minha equipe. Podiam ser estagiários, mas tinham excelente embasamento”.
“Os cursos de Jornalismo, Relações-públicas, Publicidade e Propaganda deveriam formar mais ‘comunicólogos’, pessoas que tivessem um conhecimento em todas as áreas da comunicação. Para crescer no mercado de hoje, é fundamental perceber as coisas que acontecem no mundo e aprender todas as técnicas possíveis”, afirmou Harumi.
Interatividade
O australiano Brian Crottty, que está no Brasil há três anos, é vice-presidente da McCann Erickson World Group do Brasil, agência de propaganda que atua no mundo inteiro – tem cerca de 130 escritórios ao redor do mundo. Em sua palestra, ele abordou a mudança que a mídia vem passando no mundo inteiro e como funciona o processo.
“Para se formar bem, é preciso ter cabeça e assimilar os conceitos. Não adianta dar dois passos à frente no quesito inovação e não agregar conhecimento, pois essa distância será logo alcançada”, afirmou Brian, dando uma dica para os estudantes.