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Cátedra dá início às comemorações dos 10 anos

24/05/2006 17h32 - última modificação 24/05/2006 17h43

Prof. Dr. José Marques de Melo

Pesquisadores, professores e alunos reuniram-se em 23 de maio, das 14 às 17h, no Simpósio que deu início às comemorações dos 10 anos da Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação, com a presença do catedrático Prof. Dr. José Marques de Melo. O evento homenageou o jornalista Luiz Beltrão, que tanto contribuiu com pesquisas sobre a comunicação no Brasil. Intitulado “O Pensamento Comunicacional Brasileiro: o pioneirismo de Luiz Beltrão”, o Simpósio fez uma retrospectiva da importância de seus estudos sobre o jornalismo no Brasil, destacando sua coragem e brilhantismo em abordar a comunicação popular e seus desdobramentos.

O Reverendo Wesley Fajardo Pereira abriu o evento com um devocional destacando que a sabedoria sobrepõe a intelectualidade; e com base no livro bíblico de Provérbios, equiparou a sabedoria à prata. “Luiz Beltrão era um intelectual que demonstrou sabedoria, trilhando as boas veredas da justiça e eqüidade”, ressaltou. O vice-reitor acadêmico Prof. Dr. Clóvis Pinto de Castro deu as boas vindas aos participantes e mencionou a importância em nível mundial da Cátedra Unesco/ Metodista, sob a liderança do Prof. Dr. José Marques de Melo e Profa. Maria Cristina Gobbi. “Esta comemoração é a 1ª etapa de uma série de oito eventos já programados pelo UNESCOM, que acontecerá em outubro”, completou.

Para o Prof. Dr. José Marques de Melo, reconhecido mundialmente como uma referência em pesquisa na área de comunicação, a Universidade Metodista de São Paulo teve o privilégio de ser convidada para sediar a Cátedra no Brasil, pelo padrão de excelência no ensino. “Eu era coordenador de Pós-Graduação, aqui na Metodista, em 1994, quando recebi uma ligação da Unesco, que aventava a possibilidade de concorrermos à Cátedra. A Metodista passou por uma rigorosa seleção, concorreu com outras universidades no País, e foi reconhecida pela UNESCO como um modelo no ensino de comunicação, sendo então contemplada com a Cátedra, em 1996”, revelou entusiasmado.

Professores e profissionais da Instituição, participantes dessa trajetória, estiveram presentes e falaram sobre o significado da Cátedra para a Metodista e para o ensino de comunicação no País. A professora Maria Cristina Gobbi, coordenadora da Cátedra na Metodista salientou seu caráter prático em estabelecer intercâmbio entre a academia e os setores profissional e empresarial. “A Cátedra é um núcleo de reflexão permanente para os estudantes e pesquisadores em comunicação”, explicou Maria Cristina. Também estiveram presentes às comemorações os professores: Luciano Satlher, Paulo Rogério Tarsitano, Maria Aparecida Ferrari, Isildinha Martins, Isaac Epstein, Sebastião Squirra, Rosa Nava, Cristina Schmidt e José Carlos Aronchi. Léia Alves de Souza e Maria Zélia Firmino de Sá, da Editora Metodista também presenciaram o Simpósio.

Há 26 Cátedras de comunicação patrocinadas pelas Nações Unidas, todas unidas pela rede Orbicom (World Network of Unesco Chairs in Communication). Seis cátedras estão localizadas na América Latina: Colômbia , México, Uruguai. Chile, Peru e Brasil, a última alocada na Universidade Metodista de São Paulo, no Campus Rudge Ramos.

Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional nº 10

O evento também marcou o lançamento do Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional nº 10, contendo o dossiê "Comunicação no Brasil: as idéias pioneiras de Luiz Beltrão" e do programa oficial de atividades previstas para o ano de 2006. O professor Paulo Rogério Tarsitano, da Faculdade de Publicidade, Propaganda e Turismo, da Metodista, teceu um breve histórico a respeito de Luiz Beltrão, segundo ele, um pesquisador que valorizou a nossa cultura. “O jornalista Luiz Beltrão foi o primeiro defensor da democratização da informação, para ele, até o sertanista iletrado tinha direito à comunicação, configurando também um intérprete e processador de informações”, destacou.

Segundo Léia Alves de Souza, executiva da Editora Metodista, o projeto do anuário, que abordou o trabalho do jornalista, foi um grande desafio e agregou esforços de vários profissionais da Metodista. “Acreditamos que o Anuário vai se tornar um referencial para os estudantes que passarão a conhecer mais sobre o trabalho de Luiz Beltrão, profundo pesquisador dos processos comunicacionais brasileiros”, finalizou.

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