Histórico

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação), criada em 16 de novembro de 1945 com a finalidade de estabelecer uma cultura voltada à paz mundial, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural, por meio da educação, da ciência, da cultura, da comunicação e da informação. Entre os inúmeros programas em desenvolvimento pela UNESCO destacam-se aqueles relacionados à erradicação do analfabetismo; formação de professores; promoção da mídia independente; liberdade de imprensa; história regional e cultural; defesa da diversidade cultural e preservação do patrimônio natural e cultural. A atuação da UNESCO advém, prioritariamente, de parcerias com projetos governamentais de cooperação técnica e com setores da sociedade civil, na medida em que seus propósitos venham a contribuir para políticas públicas de desenvolvimento humano. A comunicação, a informação e o conhecimento são molas propulsoras do desenvolvimento sustentável e, para a UNESCO, constituem ferramentas básicas no sentido de permitir que grupos sociais desfavorecidos possam melhorar suas condições de vida. Visando igualmente  consolidar sociedades abertas ao conhecimento a UNESCO enfatiza o respeito pelas inúmeras dimensões da diversidade e a busca pela desejada inclusão digital, tomando por princípio a valorização da heterogeneidade cultural e linguística e o estímulo à acessibilidade e utilização dos meios eletrônicos.

 

UNESCO no Brasil

Em 19 de junho de 1964 foi criada a representação da UNESCO no Brasil dando início a uma série de ações no âmbito das seguintes grandes áreas temáticas: educação, ciências naturais, ciências sociais, cultura, comunicação e informação. Em paralelo, visando agrupar e potencializar os projetos em desenvolvimento, instituiu um programa de criação de centros nacionais de referência denominados “Cátedras UNESCO”. Tal programa tem por finalidade a capacitação, através da troca de conhecimentos e o estímulo à solidariedade e aprendizado. Participam do programa inúmeras universidades, em conjunto com instituições públicas ou privadas e organizações de caráter não governamental, englobando pesquisas e atividades de produção de conhecimento, em consonância com os objetivos e diretrizes dos programas estabelecidos pela UNESCO.

 

Cátedras UNESCO

O Programa “Cátedras da UNESCO” foi lançado em 1992 tendo por finalidade apoiar a formação especializada por meio do intercâmbio de conhecimento entre instituições e pesquisadores estabelecidos em países em fase de desenvolvimento. Tais programas visam em síntese: o fortalecimento dos processos educacionais, a promoção e facilitação da cooperação internacional (norte-sul e sul-sul) no campo da educação superior através da promoção do tripé educacional: ensino, pesquisa e extensão. A maior parte dos projetos tem caráter interdisciplinar, incluindo a participação de instituições e setores da UNESCO, desde a sede em Paris até os escritórios nacionais, centros e institutos espalhados pelo mundo. Atualmente existem 638 Cátedras e 60 redes UNITWIN, envolvendo 770 instituições em 126 países diferentes. Na área específica da Comunicação são trinta Cátedras UNESCO espalhadas pelo mundo, oito delas na América Latina: Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, México, Peru e Uruguai. Todas estão articuladas por uma rede mundial denominada ORBICOM (World Network of UNESCO Chairs in Communication).

 

Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional

 

O processo de gestação da Cátedra UNESCO/UMESP teve início em outubro de 1994 oportunidade na qual o professor José Marques de Melo, docente do Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS), foi consultado  sobre a possibilidade da instituição sediar uma das quatro Cátedras  de Comunicação previstas para a América Latina. Os argumentos fundamentavam-se em dois escopos: o diversificado complexo universitário que a Igreja Metodista mantinha na Região Metropolitana de São Paulo, com destacada atuação no campo da Comunicação Social e, por outro lado, contar o IMS em seu quadro profissional com a presença do próprio professor, detentor de reconhecido destaque acadêmico nacional e internacional, inclusive  tendo recebido a  titulação de Catedrático UNESCO de Comunicação, honraria concedida pela  Universidade Autônoma de Barcelona em 1992. A partir da sinalização positiva por parte da direção do IMS os entendimentos foram intensificados. Em abril de 1995 representantes da UNESCO visitaram o campus Rudge Ramos da Universidade Metodista, verificando in loco o nível de ensino ofertado e a qualidade da infraestrutura oferecida aos docentes e discentes da Instituição.  Em 18 de janeiro de 1996 o governo brasileiro comunicou oficialmente à direção da UNESCO sobre a decisão positiva no sentido de instalação da nova Cátedra em território nacional. Finalmente, em 13 de fevereiro de 1996, a UNESCO deliberou que a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) estava apta a abrigar a primeira Cátedra brasileira de Comunicação. Finalmente, em 21 de maio de 1996, foi realizada a sessão solene de instalação da nova Cátedra, oportunidade em que foram tornados públicos seus objetivos e diretrizes: fomentar o uso dos meios de comunicação em programas de desenvolvimento regional e  promoção do intercambio científico entre instituições brasileiras e congêneres latino-americanas. A pluralidade e diversidade das iniciativas adotadas transformaram a Cátedra em um dos principais centros de estudos dos fenômenos sociais, culturais e comunicacionais no Brasil, nos países latino-americanos e naqueles que abraçam a Língua Portuguesa.

 

Parceria entre PósCom UMESP e a Cátedra UNESCO de Comunicação para o Desenvolvimento Regional

 

A parceria entre PósCom e Cátedra UNESCO é orgânica, uma vez que todos os docentes do Programa atuam nas atividades acadêmicas e científicas da Cátedra, a começar pelo diretor titular, prof. Roberto Chiachiri. Essa relação profícua abrange a coordenação e realização de  eventos, pesquisas, programa de estágio pós-doutoral, cursos, entre outras ações.

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