Gestão comercial exige resiliência e foco, ensinam especialistas
07/08/2015 19h05 - última modificação 11/08/2015 12h25
Não adianta querer resolver os desafios pela metade. O profissional do século 21 deve cultivar algumas características fundamentais como ser resiliente (levar um soco e ficar em pé), saber onde quer ir estabelecendo focos e metas, montar sólido network e, principalmente, trabalhar com fracassos. “Enfrentar erros e adversidades é perseguir o certo e o caminho para o sucesso”, ensina a coach e terapeuta comportamental Deborah Perrone, que participou dia 6 passado da aula magna do curso de Gestão Comercial EAD.
A soma dessas capacidades é o que ela chama de mastermind, ou mente expandida, conceito que pode ser aplicado também à equipe. “Quando juntamos as capacidades individuais, temos visão ampliada do cenário”, apontou Deborah, que é especialista em Pedagogia Empresarial e explicou que estamos no “século da mente”. O uso do conhecimento, assim, faz toda a diferença nestes tempos digitais, de múltiplas informações e de competição acirrada.
Também participante da aula inaugural do segundo semestre, que teve como tema “O perfil do GC: desafios e oportunidades”, o dirigente do Centro das Indústrias de São Paulo, Josué Godoy, orientou o gestor comercial a não dar largadas falsas e se desapontar na profissão. Começa por valorizar todos os colaboradores se tiver função de líder e dar retorno às demandas da equipe, sobretudo para corrigir erros.
“Quem não dá feedback negativos só protela os acertos”, afirmou ele, que foi executivo da Rolls Royce por mais de 40 anos. Segundo Godoy, um líder jamais deve ter a ideia plana de roubar ideias dos colegas ou enxergar no subordinado uma sombra à sua função. “Se agir assim, perderá a confiança da equipe”, atesta.
Gostar de pessoas
Gostar de interagir com pessoas é também condição básica do gestor comercial, sobretudo ser tolerante com clientes. E, ao contrário dos antigos “tiradores de pedidos”, o vendedor moderno deve ter planejamento. Ou seja, conhecer seu mercado, estabelecer modo de operar e tomar decisões rapidamente em vez de improvisar, pontua Deborah Perrone “Se não vender um dia, encare como 24 horas de experiência adquirida”, acrescentou Josué Godoy.
A crise política e econômica atual, que baixou nuvens negras sobre todas as profissões, deve ser vista como oportunidade para inovar, entende o dirigente do Ciesp-São Bernardo Josué Godoy. Segundo ele, apesar das dificuldades superlativas em todos os segmentos empresariais e trabalhistas, há saídas para trilhar e vencerão as pessoas mais preparadas – “que têm mais argumentos de vendas”. Professor André Pelarin intermediou as apresentações.
Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
Conheça Outras.