Colégio Episcopal da Igreja Metodista pronuncia-se sobre Programa Nacional dos Direitos Humanos
19/02/2010 16h11 - última modificação 19/02/2010 16h11
DECLARAÇÃO DO COLÉGIO EPISCOPAL SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (PNDH - 3)
Como metodistas, em nosso Credo Social afirmamos que cremos que “a verdadeira segurança e ordem sociais só se alcançam na medida em que todos os recursos técnicos e econômicos e os valores institucionais estão a serviço da dignidade humana, na efetiva justiça social”,[1] pelo que “adotamos a Declaração Universal dos Direitos Humanos”.[2]
A Declaração Universal dos Direitos Humanos compromete-nos com princípios, dentre os quais muitos se encontram no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH - 3). Neste sentido valorizamos a iniciativa do governo em aperfeiçoá-lo, a fim de que os princípios estabelecidos na lei sejam reconhecidos na vida social de maneira efetiva. Preciosos avanços são constatados no PNDH-3.
Expressamos, ao mesmo tempo, nossa preocupação e desacordo com alguns itens deste Programa que se contrapõe ao que cremos ser o melhor para a promoção da vida. “Seja a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”(Jesus em Mateus 5.37) Nesta direção nos unimos a outros pronunciamentos, por entender que se faz necessário discernir melhor temas como os ligados à família, sexualidade e religiosidade, de forma a considerar de maneira significativa os valores essenciais do Evangelho e dos Direitos Humanos.
Esta é a nossa percepção neste momento em que muitas vozes se levantam diante do PNDH-3.
São Paulo, 18 de fevereiro de 2010.
BISPO JOÃO CARLOS LOPES
Presidente do Colégio Episcopal da Igreja Metodista
- Credo Social da Igreja Metodista, II.10b, em Cânones 2007, São Paulo, 2007, p. 51
- Credo Social da Igreja Metodista, IV. 4, em Cânones 2007, São Paulo, 2007, p. 55