Professores discutem projetos no XVIII Seminário de Extensão da Metodista
27/10/2016 16h35 - última modificação 19/04/2017 16h55
“Os projetos de extensão foram de grande importância na minha formação como biomédico e na minha vida também”, diz o professor Victor Hugo Bigoli, docente de Biomedicina da Universidade Metodista de São Paulo e Assessor de Extensão da Reitoria. A participação do professor abriu o XVIII Seminário de Extensão da Metodista realizado nesta quinta-feira (27).
O encontro tem como objetivo divulgar os projetos de extensão da Universidade, atrair mais alunos para participar e mostrar os resultados de todo o trabalho que é realizado. A Metodista realiza diversos projetos que visam auxiliar a saúde e bem-estar das pessoas e aproximar os alunos da realidade e da comunidade.
Canudos e Rondon
Bigoli apresentou os programas de extensão Canudos e Rondon, realizados na Metodista. Ambos os projetos ajudam pessoas em comunidades carentes nas regiões norte e nordeste do País. Atualmente, o projeto Canudos conta com a participação de 26 alunos da Metodista que levam atendimentos como odontologia e análises clínicas ao Sertão Baiano.
A Metodista conseguiu também integrar alunos de outras universidades para oferecer um atendimento ainda mais completo à comunidade de Canudos. As quatro viagens realizadas todos os anos pelo projeto estimulam o cuidado com a saúde e a integração dos moradores com o sistema público.
Olimpíadas da Matemática
O coordenador de Sistemas de Informação, Marcelo Módolo, concordou dizendo que “as comunidades se beneficiam muito com os programas, mas os alunos ganham ainda mais com essas experiências”. Módolo falou a respeito das Olimpíadas da Matemática, eventos em que a Metodista atua fortemente.
A Metodista oferece as Olimpíadas de Matemática do Grande ABC, que teve mais de 3 mil inscritos em 2015. A Universidade também dá apoio à Olimpíada Brasileira de Matemática e à Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, em que é responsável pela aplicação de prova em 120 cidades de São Paulo. Alunos de Matemática e de diversos cursos de graduação atuam como fiscais de prova e auxiliam na realização dos processos.
Saúde do Idoso
A fisioterapeuta da Policlínica, Luana Maniero de Araujo, apresentou o projeto Saúde do Idoso, que abrange os cursos de Fisioterapia, Psicologia e Farmácia e é coordenado pelo professor André Luis Maierá Radl. “Nossa proposta é fazer a prevenção dos problemas de saúde, para que o idoso entenda que é capaz, que pode fazer as coisas porque ainda está inserido na sociedade”, diz Luana.
O projeto oferece apoio psicológico aos idosos, apoio fisioterápico para prevenção de dores e promoção do equilíbrio e atendimento com farmacêuticos para orientação dos horários e controle dos medicamentos. “Nós não oferecemos o tratamento, oferecemos orientação para que tenham uma melhor qualidade de vida”, explica. Todos os atendimentos são realizados na Policlínica e atendem 23 idosos no total.
Pós-Balsa
As condições de vida dos moradores de Canudos, no Sertão Nordestino, não são tão diferentes da maneira que algumas pessoas vivem aqui em São Bernardo. Os moradores dos bairros Tatetos, Curucutu, Taquacetuba e Santa Cruz, próximos à Represa Billings, enfrentam problemas sérios de infraestrutura e sofrem com a falta de políticas públicas de saúde, educação, cultura e saneamento básico.
Alessandra Maria Sabatine Zambone, coordenadora do curso de Direito da Metodista, conta que dois promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo convidaram a Metodista a atuar na comunidade oferecendo atendimento jurídico, tarefa que está sendo realizada pelo curso de Direito ao longo do ano inteiro.
“A população nessa região enfrenta problemas seríssimos, principalmente se pensarmos que estamos no século 21 e na região metropolitana de São Paulo”, relata. De acordo com a professora, muitos dos moradores não possuem energia elétrica em casa e utilizam água do poço. “O posto de saúde mais próximo fica no Riacho Grande, as pessoas precisam atravessar a balsa para pedir ajuda”, completa.
A intenção do projeto é oferecer atendimento judicial sem que as pessoas tenham necessidade de deslocamento. Os atendimentos estão ligados ao Escritório de Assistência Jurídica da Universidade e visam auxiliar nos conflitos familiares da comunidade. As visitas são mensais e, futuramente, envolverão outros cursos da Universidade.