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Alunos e professores visitam Barra do Turvo para projeto comunitário em quilombos

Grupo pretende auxiliar comunidade a usar energia limpa e ter um site

21/02/2018 14h40 - última modificação 23/02/2018 13h27

Geração de energia limpa para produção de açúcar orgânico e criação de um site na internet que divulgue as atividades e produtos da comunidade marcaram os projetos da primeira visita de 2018 do grupo de trabalho da Universidade Metodista de São Paulo que vai atuar na Barra do Turvo, divisa de São Paulo com Paraná. Quase duas dezenas de alunos e professores estiveram na localidade dias 2, 3 e 4 de fevereiro para avaliar as necessidades de seis comunidades quilombolas da região, que reúnem cerca de 300 famílias assentadas.

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Grupo avaliou melhorias no sistema agrícola local (Foto Divulgação)
Foi realizado estudo local para propor projetos de reorganização do atual sistema agrícola na Cooperquilombo. “Um grupo de professores e alunos da Engenharia Ambiental conheceu o sistema de SAF (sistema agroflorestal) praticado e estudou a topografia, o relevo e os recursos hídricos da região. O objetivo principal é propor um sistema agroflorestal para produção de agricultura orgânica e mecanismos de geração de energia limpa para produção de açúcar mascavo”, relata uma das coordenadoras, professora Marina Jugue Chinem.

 

Já alunas do curso de Publicidade e Propaganda fizeram demonstrações de como um website tem papel importante para exibir os trabalhos realizados pela cooperativa de forma institucional, além de estabelecer contato entre os clientes e fornecedores como canal futuro da produção do açúcar mascavo. “A proposta é treinar os jovens da comunidade para que desenvolvam o planejamento de marketing e comunicação do produto e tenham autonomia na atualização do site para conteúdos como missão, valor, histórico”, explica Marina Jugue.

São seis comunidades quilombolas: Pedra Preta, Ribeirão Grande, Terra Seca, Cedro, Reginaldo e Ilhas, que se distribuem por um raio de aproximadamente 30 quilômetros. Segundo a líder comunitária do quilombo de Ribeirão Grande, Nilce Pontes Pereira, Pedra Preta possui 80 famílias, Ribeirão Grande e Terra Seca têm 77 famílias, em Cedro há 40 famílias e em Reginaldo, outras 84 famílias. O grupo da Metodista busca propor melhorias no atual sistema agrícola utilizado por essas comunidades, basicamente de agricultura de subsistência, a fim de fomentar processos emancipatórios sociais.

Trabalho interdisciplinar

O trabalho interdisciplinar reúne as escolas de Comunicação, Educação e Humanidades, de Engenharia, Tecnologia e Informação (TI), de Gestão e Direito e Escola de Teologia. Do curso de Publicidade e Propaganda participaram os professores Marina Jugue Chinem e Mario Dimov Mastrotti, ao lado dos alunos Malena dos Santos, Matias Vinicius Araujo Santos, Natália Gabriela Guerra Santos e Nathalia Channoschi Anastácio. Este grupo sugeriu inclusive a vinda de membros da comunidade quilombola à Universidade Metodista para participar de workshops de fotografia, desenvolvimento de site e de vídeo, para conhecer de perto a construção de websites.

Já da Escola de Engenharias, Tecnologia e Informação o grupo incluiu o coordenador geral do projeto, professor Cláudio RodrigoTorres, a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Márcia Sartori, além dos professores Carlos Henrique Andrade de Oliveira e Viviane Pereira Alves, que acompanharam os trabalhos junto aos alunos Karolyne Medeiros Santana, Kathelin Borges Pereira, Lucas de Almeida Silva, Pablo Pereira da Silva e Winne Fractucello.

Vidas impactadas

“A proposta é desenvolver projetos de desenvolvimento comunitário que colocam capacidade e talento das pessoas em foco. Com isso, nossos alunos fazem da Ação Empreendedora uma ferramenta que transforma vidas. E a transformação acontece dos dois lados: as pessoas a que servimos e os alunos, que desenvolvem valores para se tornarem verdadeiros líderes do futuro. Isso significa mais vidas impactadas pela oportunidade de vivenciar a celebração da excelência e da colaboração”, é o lema do programa, intitulado Formação Ambiental, Cidadã e Tecnológica de Lideranças Comunitárias para a Gestão de Projetos Sociais nas Comunidades Quilombolas de Barra do Turvo.

O Programa Quilombos de Barra do Turvo integra as atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão da Metodista. Entre os objetivos do grupo de trabalho constam:

• Ampliação de propostas de cooperativas para além da produção de açúcar, com implantação de outros recursos tecnológicos e ferramentas, bem como processos de preparação e formação;
• Suporte em questões jurídica e ambientais no tocante às tramitações de demarcação de terras, RDS (Reservas de Desenvolvimento Sustentável) e outras jurisprudências;
• Assessoria nas representações do movimento quilombola junto aos órgãos reguladores nas suas várias instâncias, estaduais, municipais e da União;
• Apoio nas questões educacionais junto às escolas inseridas na comunidade, buscando construir projeto pedagógico contextualizado, que atenda, portanto, às necessidades quilombolas, sua cultura e formas de subsistência.

Veja imagens da visita no início de fevereiro:

Projeto de Extensão e Pesquisa: Barra do Turvo

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