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Variedade de desafios permite à Tecnologia da Informação driblar crises

12/04/2013 11h40 - última modificação 16/03/2016 16h39

Se o governo erra a dose no desaquecimento da economia por conta do ajuste fiscal neste início de 2015, a Tecnologia da Informação trafega por um atalho ainda não alcançado pela crise que derruba setores produtivos e de serviços. E se for necessário dar seu quinhão de sacrifício, o profissional de TI tem horizonte amplo de tarefas e desafios pela frente, o que pode amortecer eventual queda de braço com cenários econômicos adversos.

“Não é só de programador que vive a tecnologia. Analista, coordenador e gestor de TI são também importantes”, exemplifica Lawrence Mata, formado em Ciências da Computação pela Universidade Metodista e hoje gerente de operações do UOL Diveo (foto 1), enumerando as áreas que conquistou ao longo dos anos na empresa. Ao lado dos também gerentes do UOL Edward Monteiro e Carlos Alberto Gomes Batista, o ex-aluno da Metodista falou na primeira noite da Semana Facet 2015 sobre “Convertendo Crise em Oportunidades Trabalhando com TI”.

        Edward Monteiro        Carlos Alberto Batista

O próprio portfólio do UOL Diveo, empresa 100% brasileira, é um aperitivo do variado cardápio de serviços possíveis em Tecnologia da Informação: cloud computing, gestão de infraestrutura de TI, softwares de gerenciamento de segurança, telecomunicações, programas de aumento de produtividade, e-commerce, IT transformation e datacenters, entre outros. “Crise nada mais é do que um grupo de problemas. Mas devemos construir soluções, criar essa superação. Broadband e clusters dão problemas direto. Só que não tem mágica. Se não souber, vai estudar. Nossa missão é resolver problemas”, disse Ed Monteiro (foto 2) sobre os desafios da profissão e até mudanças de rotas, ele que possui todas as certificações Microsoft mas se debruça sobre o Linux, seu “sonho”.

Já Carlos Batista (foto 3) afirma que o mercado de TI exige trabalho em grupo, o pensar no todo, pois assim é possível partilhar conhecimentos e alcançar mais rápido os objetivos. “Evite a síndrome do super-homem, o cara que faz tudo sozinho. Outra dica é ter atitude: apagar a luz de uma sala desocupada de trabalho, por exemplo”, citou.

Os três profissionais vislumbram a TI como ferramenta incorporada e sem volta na gestão corporativa moderna e com cenários promissores. Edward Monteiro citou pesquisa da revista Forbes que coloca no mesmo patamar de significância, daqui 10 anos, a matemática, a estatística e a ciência da computação. “Big Data, por exemplo, não tem nenhum mistério. Em qualquer época e em qualquer ramo, todos têm que trabalhar com análise de dados”, afirmou.

Da favela à gerência          

O ex-aluno da Metodista Lawrence Mata exemplificou com o histórico de vida como é possível superar obstáculos pessoais e profissionais. Morou quando criança no Rio de Janeiro em frente à casa do traficante de drogas do bairro. Em vez de seguir esse caminho “fácil”, foi vender sanduíches na orla. Mudou-se para Minas Gerais onde, à falta de praia, comercializou pão de queijo sobre uma bicicleta.

Aos 18 anos, diante da necessidade de uma profissionalização, veio para São Paulo morar com uma tia que montava computadores. Ela voltou para Minas e ele empregou-se numa loja que consertava equipamentos de TI. Três meses depois de casado, ficou desempregado e estruturou uma lanhouse para manutenção preventiva de computadores. Panfletou vizinhanças e portas de metrô. Sozinho, não deu conta da demanda. Enviou um currículo para a Metodista e na seleção superou 15 candidatos, vários com diploma superior. Enquanto trabalhou na universidade graduou-se em Ciências da Computação, o que lhe abriu portas no UOL, onde agora gerencia quase 100 especialistas. “Temos que buscar oportunidades onde elas existem”, resumiu.

Mais investimentos em TI

Segundo estudo publicado pela Meta Análise com base em levantamentos da Fundação Getúlio Vargas, o gasto e investimento em TI em 2015 cresceu 7,6% nas empresas e o custo anual por usuário (gastos e investimentos em TI no ano dividido pelo número de usuários) mantém-se em expansão, chegando a R$ 29,1 mil. O levantamento também indicou que a Microsoft continua dominando as estações de trabalho – isso acontece há 20 anos – com pacotes do Windows, Office e Explorer, respondendo por mais de 90% do uso nas empresas.

Outro dado é sobre sistemas integrados de gestão, em que TOTVS, SAP e Oracle dominam, com 82% do mercado. A pesquisa indica que a TOTVS lidera no total e nas empresas menores, enquanto o SAP é predominante nas maiores.

A análise considerou 2.340 respostas de mais de seis mil empresas de médio e grande porte nacionais e de capital privado. A pesquisa da FGV também estima para o período de 2014-17 venda de 25 milhões de equipamentos, um incremento de 6% em relação ao período analisado anteriormente (2008-13). Até o final de 2017, a base instalada de computadores deverá chegar a 200 milhões. Segundo a FGV, existem 152 milhões de computadores em uso no Brasil atualmente, o que significa três para cada quatro habitantes. A Data Análise chama a atenção para a mobilidade: 24 milhões da base ativa atual são tablets.

Outro dado da pesquisa mostra o poder dos smartphones: eles acabam de ultrapassar computadores em uso, com uma densidade de 75% per capita em maio de 2015. Somados computadores e smartphones, há 306 milhões de dispositivos conectáveis à Internet no Brasil, sendo 154 milhões de dispositivos móveis. A avaliação indica que haverá um computador por brasileiro entre 2017/18.

Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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