Seminário de Extensão: transformar vidas é o objetivo dos projetos universitários
24/10/2018 15h35 - última modificação 24/10/2018 18h33
“A extensão é o momento em que se materializa a confessionalidade e em que se vê o conhecimento em ação, causando transformação. O saber acadêmico tem de estar a serviço da comunidade”, disse o professor Ismael Valentin, coordenador do curso de Filosofia, que abriu as discussões do XX Seminário de Extensão promovido pela Universidade Metodista de São Paulo na terça-feira 23 de outubro.
A mesa “Como, por que e para que se envolver em projetos extensionistas?”, mediada por Valentin com participação das professoras Luciane Duarte da Silva e Fátima Cristina dos Santos, discutiu os benefícios da extensão universitária para a instituição, para os universitários, docentes e comunidade. O bate-papo fez parte das atividades do Congresso Metodista 2018, que reúne diversas palestras, exposições e minicursos de diferentes áreas.
Professora Luciane Duarte discutiu, sob ponto de vista teórico, o que é extensão e de que forma deve ser promovida dentro da universidade, de acordo com suas pesquisas sobre o tema. Segundo a docente, um projeto de extensão deve ter interação dialógica; interdisciplinaridade; indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão; impacto na formação do estudante e impacto na transformação social. “Como fazer extensão? Sendo proativo e contribuindo teoricamente. Por que fazer extensão? Para ser feliz”, concluiu.
Já professora Fátima dos Santos apresentou seu ponto de vista sobre as experiências do projeto “Gente é para brilhar”, que capacita ex-moradores de rua para abertura de cooperativa de trabalho. “Eram pessoas que não tinham perspectiva de vida e que agora acreditam nelas mesmas, voltaram a estudar, a trabalhar. Além de levar conhecimento para eles, levamos alegria, autoestima – levamos transformação”, declarou.
O reitor Paulo Borges Campos Jr. e a coordenadora de Graduação e Extensão, Alessandra Zambone, deram as boas-vindas ao público e reafirmaram o compromisso da Metodista com os projetos de extensão. “Não podemos deixar de lado a extensão e nosso grande desafio é expandir, ainda mais, nossas ações. Para quem tem projetos: estamos abertos a isso, pois a extensão e a confessionalidade andam de braços dados”, declarou o reitor.
Experiências transformadoras
Na segunda parte do Seminário, os professores Cláudia Cezar da Silva, Viviane Pereira Alves, Marco Aurélio Bernardes, Francisco Henrique da Costa, Rosana Gribl Vellucci e Ismael Valentin apresentaram os projetos que organizam na universidade, que são respectivamente: Aquarela – Terceira Idade na Universidade; Humanizando a Engenharia; Deixe Aberto; Gente é para brilhar; Cinema, Educação e Literatura Brasileira; Bumerangue; Pergunte ao RH e Rondon.
Mas o destaque da mesa foram os alunos que participam dos projetos e relataram suas experiências. Marcos Ferreira de Almeida Lima integra o Humanizando a Engenharia, que atua em uma instituição de atendimento a crianças em situação de risco. “Fui uma criança em situação de risco, por isso quis ir lá. Conversando com eles, perguntei o que queriam ser quando crescessem e ‘levei um soco’. Um dos meninos me disse que queria ser presidente para ajudar o pai a parar de bater na mãe dele, para que ela parasse de bater nele. Ele pensou em ajudar outras crianças a não sofrer o que ele sofreu”, relata o aluno, emocionado.
Caroline Dutra Freitas e Lucas Paz Barbosa participam do Deixe Aberto, projeto que busca alternativas para limpeza de esgotos abertos com plantas. “Sou aluno de transferência e fui muito bem recebido aqui na Metodista, tanto que já estou nesse projeto. A proposta é levar uma alternativa socioambiental, que apresenta benefícios a curto e longo prazo”, disse Barbosa.
Diego Silva de Oliveira, aluno de Teologia, e Jéssica Jacinto, de Pedagogia, são voluntários no Aquarela e relataram os laços de amizade que construíram por meio do projeto. “Tem muitas coisas gratificantes em participar. Fazemos amigos e amigas, sentamos com eles para conversar e aprendemos muito com a experiência que podem nos passar”, contou Oliveira.
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