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Seleção de canditatos ou de concorrentes?

Antes de ler este texto preste atenção. Este não é mais um texto sobre o que fazer, o que dizer e o que vestir numa seleção de emprego, portanto, se você busca um texto deste tipo pode desistir agora. Se você optar por continuar, tenha em mente uma palavra: autenticidade.

Diariamente jovens recém-formados, ou às vésperas de se graduarem se deparam com uma enorme quantidade de anúncios buscando “novos talentos”, “candidatos” ou “trainees” e, embora a denominação sofra diversas mutações, no fundo o que se espera é que este jovem seja um concorrente. Concorrente? De quem? Não importa, contanto que ele demonstre capacidade de ser superior a qualquer outro “talento” presente na hora da seleção, quem sabe até mesmo do próprio selecionador.

E é exatamente esta busca exacerbada do indivíduo “pró-ativo” que fez com que cada vez mais se realize uma seleção de atores e não mais de candidatos. Ora, se as organizações buscam este perfil eu tenho que “ser” este perfil exclama o recém-formado a caminho de mais uma entrevista de seleção.

Assim, em meio a tantos conselhos de “especialistas” a respeito do que “ser” e do que “fazer” durante uma seleção, só posso lhes apresentar um: “seja você mesmo!”. Ou seja, não se preocupe em parecer mais forte ou mais “dinâmico e pró-ativo” desviando a sua atenção do que realmente interessa – você. Procure demonstrar quem você realmente é, quais são suas capacidades e limitações, deixando transparecer certa tranqüilidade (o que se torna natural quando você está sendo você mesmo!).

É óbvio que uma aparência apresentável é exigida, e que como futuros profissionais é necessário que se preste atenção à linguagem e boas maneiras, afinal de contas, ser você não significa portar-se como se estivesse num churrasco ou à vontade em casa. Sempre fazendo o uso do bom senso, o candidato ao cargo pode fazer bom uso de suas habilidades aliadas ao fato de estar tranqüilo e não preocupado se “ele vai perceber que eu não sou assim”.

Portanto, preocupe-se com o que realmente importa – você – e não tente ser um personagem fictício extraído de um anúncio de vagas, mas sim um candidato, com habilidades, desejos e aptidões próprias que foram construídas ao longo de anos de convivência com a única personalidade que você conhece muito bem – a sua.

Prof. Ms. Rafael Marcus Chiuzi

Psicólogo, mestre em psicologia da saúde, professor de psicologia organizacional da Universidade Metodista de São Paulo.
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