Professora de português da Metodista leciona para turma de 50 alunos na Claflin, nos EUA
12/05/2016 13h30 - última modificação 13/05/2016 15h50
Uma experiência maravilhosa!
É dessa forma que professora Betania Cielo qualifica sua experiência de lecionar no último Spring semester (semestre da primavera) na universidade norte-americana Claflin, na Carolina do Sul, onde deu aulas de Introdução à Língua Portuguesa e à Cultura Brasileira para 50 alunos, divididos em três turmas. As aulas foram presenciais de janeiro a abril de 2016 e finalizadas na modalidade online.
“Foi um curso bem procurado. Um dos alunos é diretor da Faculdade de Artes e Humanidades de Claflin”, aprecia professora Betania, do curso de Letras e do Centro de Línguas da Universidade Metodista de São Paulo, onde ensina português para estrangeiros desde 2010.
A Claflin University é uma HBCU (Universidade Historicamente Negra), tipo de instituição fundada especialmente para atender escravos que acabavam de receber a liberdade. Foi fundada em 1869 e é considerada hoje a melhor HBCU dos Estados Unidos. “Tem inúmeros cursos e intenso esforço de internacionalização. Convivi com alunos e professores de várias partes do mundo”, relata professora Betania Cielo.
A Claflin é uma das escolas parceiras da Metodista no exterior e em outubro de 2015 solicitou um professor de português para lecionar no módulo de um semestre. A viagem e a estadia foram custeadas com uma bolsa da Mellon Foundation. Após processo seletivo, a docente do curso de Letras foi escolhida e ainda com dupla vitória: conseguiu levar a filha Clara.
Diáspora africana
Segundo ela, a vida cultural da universidade da Carolina do Sul é intensa, por isso participou de vários eventos, inclusive um jantar com o reitor H.Tisdale e o conselho de administração de Claflin. Tanto Betania como a filha puderam cursar disciplinas eletivas. A professora escolheu uma de Literatura e outra de Desenho e Clara cursou Princípios da Administração, Conceitos do Design e Introdução à Computação.
A docente da Metodista foi convidada para realizar três palestras sobre cultura brasileira, uma das quais aberta para toda a universidade. “Levar um pouco da cultura brasileira para eles foi muito relevante e as palestras tiveram ótima receptividade. Um dos aspectos principais de toda a minha estadia foi refletir sobre a diáspora africana e a discussão comparativa sobre a cultura afro-americana e afro-brasileira, tema que muito interessou aos meus alunos”, conta Betania Cielo, que tirou licença não-remunerada para poder viajar e, já de volta, retoma seu posto como professora da Metodista em agosto próximo.
“Foi uma experiência maravilhosa. Fomos extremamente bem recebidas por todos, funcionários, alunos e corpo docente. O vice-reitor dr. Karl Wright fez questão de nos fazer sentir como parte da Família Claflin”, completa.
Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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